quarta-feira, abril 13, 2005

UM DIA NA VIDA DE...

Hoje não me apetece verdadeiramente nada. É um daqueles dias em que sinto que tudo me vai correr mal mal, faça eu o que fizer. Nós mulheres, sabemos como é; "vocês", os gajos, nem se apercebem destas pequenas coisas da vida no feminino. Eu sei que se pegar naquela faca de gume bem afiado -a "rir-se" para mim, a parva!, para barrar com manteiga, a torrada (que já está a ficar fria) , vou fazer um golpe na mão. Aquele que está ali no quarto ao lado, dormindo a sono solto de barriga para o ar, ressonando tal qual uma panela de pressão, à espera que o despertador lhe desfaça a barba (é o Rui, o meu querido maridinho para quem não saiba), alguma vez se deteria em pensamentos tão profundos?. Ná! Antes de olhar para a faca, já estava a entrar no café do Mendes a pedir o pequeno almoço. E este é apenas um pequeno exemplo dos nossos feelings.

Hoje, tudo me vai saber a maçada, a desgosto, a contragosto, podem crer. E não tenho paciência para me interrogar que camiseiro devo levar para a Companhia; se o verde alface (é melhor não, que a Mafalda dos Recursos Humanos com quem vou ter uma reunião, comprou ontem um da mesma côr, e se eu não quero passar por irmã gémea de alguém...com ela muito menos!), talvez o beije...mas é tão tão pouco chamativo...Bom, vai o vermelho, que se danem os riscos, que por alturas do carnaval, passava na Companhia uma quadra anónima que rezava mais ou menos assim: "À Adozinda ficam bem/todos os trapinhos vermelhos;/para parecer uma vaca,/ só lhe faltam os chavelhos!", que eu bem li em lágrimas o papelinho que alguém tinha metido por debaixo da porta da casa de banho das senhoras, grandes bestas!. Quem sabe se o autor não foi o Rodrigues de Castro da Informática, que é enganado pela mulher e até sabe, ao que consta...

«Ó Rui já acordaste?!, que camisa queres que te tire?. Tanto faz?!». Estão a ver o que eu digo?! Para ele tanto se lhe dá...Não usam a cabeça para as coisas importantes da vida, é o que é. Onde é que meti o raio dos sapatos pretos de camurça? «Ó Rui! Tu viste os meus sapatos pre...deixa lá! Tu sabes lá onde é que está alguma coisa nesta casa...!». Vão mesmo estes, que já estou sem tempo. Desejem-me sorte amigas!, que hoje futura-me, vou ter um dia bem negro.

Adozinda G.
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