quarta-feira, outubro 06, 2004

MALDITA QUARTA-FEIRA!

Sim, estou irado!
danado!
com o que a minha vista alcança
e os ouvidos me deixam perceber;
não há ministro
que não queira encher a pança,
à conta de quem vai
deixando de comer;
o emprego está o que se sabe:
hoje tenho o qeu fazer,
amanhã talvez se acabe...;
no amor
as coisas não vão melhor:
tudo indica
o caminho do divórcio
com o regresso á casa-mãe;
que me aconselharam bem:
pois devia ter seguido
o rumo do sacerdócio...
que rematado palerma!;
até tenho o fisco à perna
e o esqueleto
não está,
nas melhores das condições:
queixo-me de tudo o que é sítio,
fígado, pâncreas e pulmões
e p´ra meu maior azar, tenho rotos os sapatos,
os verdes já não são leões
transformaram-se em lagartos!,
mas que falhada carreira...
oh! maldita quarta-feira!

NOTA: O poeta-ocasional, por uma vez, remete-se ao silêncio...dos inocentes. Para bom entendedor, que a palavra já se arrasta. Ou o silêncio é de oiro... Intés!!
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