terça-feira, fevereiro 15, 2005

AS DUAS FACES DA MOEDA

oh! é tão belo o teu rosto
que se o quisesse cantar
decerto me notarias.
mas...
é do teu rosto que gosto
das promessas do olhar
que sem olhar me verias.

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O autor continua a perseguir a via poética na busca incessante da perfeição, tão cara ao homem enquanto criador. Os comentários ao anterior poema desafiaram-no a prosseguir sem receio do escárnio, da risada malévola ou dos "muito bem" condescendentes. Se não é menos verdade que esta não é a sua área (reconhece-o sem dificuldade uma vez que o seu trabalho literário não é classificável...) também pensa porque razão não há-de desbravar caminhos diversos aos que até então tem trilhado.

Poemar não é fácil; exige estar longe de perto. Cada sílaba de um poema que vai conhecer a luz do dia é uma parte, embora ínfima, do corpo do autor e da sua alma. Ao lerem-me, estarão a um palmo de distância de mim. Por isso, aconselho calma com a história dos autógrafos, que sou um bocado frágil e um empurrão mais violento pode-me mandar desta para melhor...e lá se acaba a escrita e o prazer de estarem comigo.

(Uma vez que já não os surpreendo pela comicidade, chegou a altura de falar a sério...)
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