terça-feira, fevereiro 22, 2005

O CORPO do POEMA

na verdade
das tuas mãos nascem poemas.

as tuas mãos não mentem
quando frémitas e sedentas
me revolteiam o cabelo
me envolvem o torso.
dizem-me tudo o que sentem
desnudam-me e percorrem-me
preludiando ritos anseios
sem pejo nem remorso.

no meu corpo
as tuas mãos escrevem poemas
de verdade.

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O autor, desta vez e por mirabolantes equilibrismos, escapa por milímetros ao poema mais sexy (quem sabe se até a roçar o porno...e para tal bastava as mãos da moça descerem mais abaixo...) e que decerto lhe renderiam milhentos comentários...mas nestas coisas a contenção é muito bonita e capitaliza a admiração geral; e se já se viu em palpos de aranha para se imaginar a ser alvo de insinuantes mexidelas no cabelo...sendo perfeitamente calvo...O mais avisado será ficar por aqui.
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