quarta-feira, novembro 17, 2004

HORA de PONTA

Não imaginem os mais ousados, pelo título, que este artigo trata de literatura para adultos "com sérias reservas". Perceberam bem. As "sérias reservas" tanto se podem aplicar aos adultos como à literatura que nestas coisas é preciso explicar tudo muito em pormenor para não deixar rabos de palha nas traseiras do texto e dar ensejo aos mais destemidos que comentem tal artigo com frases de "bola vermelha" e me manchem a prosa´e a reputação moralista. O verbo manchar funciona aqui como mero simbolismo (mais um aviso à navegação de mente mais perversa), pois que pretendo manter este sítio arejado e sem mácula, sem ter me socorrer de uma dessas lavandarias que para aí pululam, género "das cinco às nove" ou das "oito às onze"...

As horas de ponta não são assim, aquelas a que estamos dispostos a tudo para gozar um pedaço com o parceiro (ou parceira). Gozar no bom sentido da palavra, pudera!, ou seja o mesmo que brincar, divertir, sorrir, por mor da palavra escrita e do diálogo que daí advém sem conotações pontuadas pela luxúria ou pela maldicência desbragada em que bastos portugas são useiros e vezeiros pois que conversa sem uma anedota porca perde todo o interesse e remete os dialogantes para outras paragens...menos inóspitas. É "dos livros" e dos estudos sociológicos que português que esteja sem falar de sexo mais de uma hora, precisa urgentemente de uma consulta psiquiátrica.

As horas de ponta que aqui trato, são, finalmente as horas que...
Lamento imenso, mas por absoluta falta de tempo não poderei terminar este texto. Da minha janela, constato que a fila que se estende da Cova da Piedade em direcção ao tabuleiro da Ponte sobre o Tejo é imensa e devo de sair de imediato, pois tenho de estar em Lisboa às doze horas... que já não devem ser as de hoje...E não é hora de ponta. Intés!!
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