segunda-feira, outubro 25, 2004

O DIA SEGUINTE

Hoje é hoje, facto irreversível, dado adquirido e o mais que se poderá acrescentar. Hoje não é, nem nunca será, amanhã; e venha o mais pintado afirmar o contrário. Hoje e neste preciso momento, os meus dedos percorrem o teclado à procura de uma história, ou apenas de meras palavras de circunstância que aqui ficarão gravadas; hoje, não amanhã. Seria impossível de todo, que o que aqui escrevo hoje pudesse ser escrito amanhã -e não estou a falar de "cópia", entendamo-nos...-, porque hoje é hoje e não amanhã e enquanto os ponteiros dos relógios não rodarem o tempo necessário para perfazer um dia, manter-nos-emos irremediavelmente dentro desta segunda-feira cinzenta de outono. Eu sei que haverá muita gentinha que neste "meio-tempo" tudo fará para fazer "passar o tempo o mais depressa possível", alguns até tentam dormir (os que têm essa possibildade...) para não "darem pelo tempo a passar", outros (os menos afortunados...) trabalham que nem desalmados para assim, o tempo passar mais depressa; havendo ainda aqueles (os espertos) que viajam para outras latitudes com fusos horários de muitas horas de diferença, mas que no regresso as terão de repôr...e tantas outras estratégias se procuram para; tudo em vão! O tempo é impossível de anular; dura o que dura e gasta-se "em tempo certo": nem mais nem menos um milionésimo de centésimo de segundo (para não falarmos em termos mais ínfimos ainda...de tempo. Frases como: «nunca mais são seis horas para sair deste maldito emprego!», «já devia era ser Agosto para ir de férias!», «este fim do mês nunca mais chega!» de nada servem e apenas têm efeito contrário.
Façam como eu: esperem pelo amanhã calma e descontraidamente; quando ele (o amanhã) chegar, façam de conta que nem deram por ele. Não lhe dêem confiança, percebem?. Intés!!
Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com