segunda-feira, janeiro 03, 2005

O DESARMAR da FEIRA

Acabaram-se as festas e regressamos a penates mais leves de algibeiras e pesados em pensamentos. Que os tempos que aí vêm, não vão ser fáceis porque a saúde económica de um país não se "mede" exactamente pela vitória eleitoral das nossas cores partidárias. A medicina evolui quase que diria, diariamente; o "preço" do dinheiro, pelo contrário, cada vez está mais caro e as "medidas profilácticas" são de efeito temporário, curto e as mais das vezes incorrectamente aplicadas.

Ouvi a tradicional mensagem ao país, de Ano Novo, pelo Presidente da República. Por mais que se esforce, Sampaio nunca foi o presidente de todos os portugueses e hoje, quase que aposto, ainda o é menos. O seu pedido de um acordo político entre as maiores forças partidárias após as eleições é no mínimo patético; antes, será atirar poeira aos olhos de quem sabe há muito que o portuguesinho "tem mau perder" e não suporta acordos com rivais. E se os faz, são com vizinhos da mesma àrea (ou próximos) e apesar disso, vejam-se os resultados...

Eu sei que as pessoas têm de ter esperanças. Eu próprio defendo que a esperança é o motor que não permitirá de todo, ou em última análise, que se todos encolherem os ombros, voltemos a tempos ainda mais duros e que não estão assim tão afastados da nossa memória colectiva. Mas sejamos práticos e honestos connosco próprios porque já não vivemos na escuridão censória dessoutros tempos. Um país não se constrói apenas de palavras mas sobretudo de actos palpáveis, visíveis e de...verdade. Que o cinismo politico e social seja tratado pedagógicamente nas nossas escolas e expurgado de vez deste país, é o que eu gostaria de pedir no inicio deste ano.

No próximo post, prometo voltar a exibir o sorriso habitual e que caracteriza este espaço. Hoje não; estou de ventas...de porco. Intés!!
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