quarta-feira, março 16, 2005

Ao RITMO do SONHO

Sonho-te
não te descrevo
sequer te imagino
que os meus olhos estão cerrados.
que a música não pare; pode ser fatal!
dos nossos corpos tão colados
deslizam ritmados desejos em espiral.
as luzes de néon vestem-nos
de amantes irreais
em passos
virtuais.

De paixão é feita esta dança
porque sonhada não cansa.
«paramos um pouco sim?»
ou «que tal ficar por aqui?»
«porque não; vai um gin?
amanhã regresso a ti
que não te imagino
não te descrevo
mas sonho-te.

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Este Bertus é impagável! Um dançarino-poeta era só o que me faltava; e não é de modas, pois dança de olhos fechados sem pisar a parceira...e conhecendo a sala como os dedos da sua mão. Tudo isto (e sem contar com alguns trunfos que tem na manga...ou debaixo dos lençóis!) com aparente facilidade como quem bebe um copo de água. Mas um rebate de consciência leva-o a admitir que tudo não passou de um sonho...Pois claro, só podia! Mas é assim que gente desta leva a sua ávante; mentirinha inofensiva aqui, meia-verdade acolá e ei-los no galarim da fama, aclamados como cidadãos de muitos serviços prestados à cultura, uma condecoraçõazinha no "dia cá do sítio" e por aí fora...

Eu não posso com estas encenações e denuncio-as com veemência...até porque o sujeitinho ameaça voltar...ao sonho! Vamos ter dança, vamos; mas desta vez este Bertus vai dançar ao som da minha música, palavra de

Porquinho da India.
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